Como organizar o salário e sair do vermelho

A desorganização financeira é um dos principais motivos que fazem as pessoas deixarem de pagar suas dívidas. Mas e você, sabe como organizar o seu salário?

Afinal, chegar ao fim do mês com as contas em dia nem sempre é fácil. Segundo uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de inadimplentes atingiu um novo recorde em abril de 2025, com 70,29 milhões de brasileiros negativados, o que equivale a 43,36% da população adulta do país. Diante desse cenário, buscar formas de fazer o dinheiro render e manter as contas sob controle se torna essencial. Por isso, se organizar o salário tem sido um desafio para você, saiba que é possível mudar essa realidade adotando novos hábitos e encarando o dinheiro de um jeito mais estratégico, maduro e efetivo. Continue a leitura e descubra como sair do vermelho.

O primeiro passo para organizar suas finanças é saber exatamente quanto entra na sua conta. Muitas pessoas podem confundir o salário bruto, que é aquele que consta no contrato, com o salário líquido, que é o valor que realmente cai na conta. Isso porque o salário líquido é o resultado do seu salário bruto com os devidos descontos, como o INSS, IRPF, vale-transporte e convênio médico, por exemplo.

Nesse sentido, o ideal é verificar esse valor mês a mês, pois ele pode sofrer variações, considerando fatores como horas extras, bônus e faltas não justificadas. Além disso, buscar outras fontes de renda também é uma ótima opção para quem quer sair do vermelho, já que assim, é possível receber um extra no final do mês.

Uma das formas mais eficazes de colocar as finanças em ordem é saber exatamente para onde o seu dinheiro está indo. Ter visibilidade dos seus gastos fixos e variáveis ajuda a identificar onde dá pra cortar, ajustar e melhorar seu orçamento. E o primeiro passo é simples: basta montar uma planilha que concentre todas as suas despesas. Além disso, é importante dividir as contas em duas categorias:

Gastos fixos:

Aqui, entram os compromissos mensais que você já conhece bem:

• Aluguel;

• Financiamentos;

• Contas de consumo;

• Assinaturas de streamings;

• E mensalidades no geral (escola, faculdade, academia, etc).

Inclua também gastos previsíveis, como combustível e refeições.

Gastos variáveis

São aquelas despesas que mudam de mês para mês e costumam nos pegar de surpresa. Ou seja, aqui entram aqui o lazer, as emergências, os restaurantes, o delivery, a cultura e aquelas comprinhas online que aparecem por impulso. Dessa forma, se o seu objetivo é guardar dinheiro ou começar a investir, uma boa dica é estabelecer um limite para os gastos variáveis. Assim, você evita que eles saiam do controle e atrapalhem seus planos. E com esse mapeamento, fica muito mais fácil de ver quanto você pode gastar para manter as finanças em dia.

Para manter o controle financeiro, existem algumas estratégias de organização. Uma delas é o método 50-30-20, que ajuda a separar o seu salário por meio da definição de percentuais para cada categoria de gastos. Assim, ele sugere uma forma de utilização do dinheiro que mantém o equilíbrio financeiro e traz atenção para os gastos mais importantes. Assim, você pode focar no pagamento das suas contas e, ao mesmo tempo, começar a construir uma reserva de emergência.

Veja como ele funciona na prática:

• 50% para necessidades essenciais: tudo o que é indispensável para viver, como moradia, transporte, alimentação, contas básicas e medicamentos;

• 30% para desejos pessoais: lazer, hobbies, viagens, presentes, delivery, etc;
• 20% para objetivos financeiros: como a criação de uma reserva de emergência, investimentos, renegociações ou qualquer plano de longo prazo.

Na prática, se você recebe R$ 3.000,00 líquidos por mês, a divisão ficaria assim:

• R$ 1.500,00 para despesas básicas (aluguel, alimentação, transporte, etc.);

• R$ 900,00 para lazer, passeios ou pequenos desejos;

• R$ 600,00 para guardar, investir ou usar para quitar dívidas.

Se os gastos essenciais ultrapassam os 50% do seu salário, não se preocupe: o mais importante aqui é saber adaptar a divisão à sua realidade atual.

Ou seja, o método 50-30-20 deve ser visto como um ponto de partida, e não como uma regra rígida. Em momentos de aperto financeiro, você pode, por exemplo, redirecionar parte do valor destinado aos seus desejos pessoais para cobrir custos essenciais, evitando aumentar as dívidas ou a fatura do próximo mês.

Continue aprendendo: Como organizar suas finanças de forma eficiente

Ter crédito é bom. Mas, o uso descontrolado dele é um dos principais motivos de endividamento. No caso de atrasos de fatura, por exemplo, os juros cobrados podem ser altos, além disso, a fatura pode acabar comprometendo grande parte da sua renda mensal. Se você sempre usa o crédito como saída para conseguir pagar o que precisa, no final das contas, suas dívidas só estão sendo jogadas para frente, não é mesmo? Por isso, é importante utilizar o cartão de crédito de forma planejada e consciente, considerando todas pequenas parcelas que viram um grande valor no final do mês.

Mas é importante ressaltar que, quando usado da maneira correta, o cartão de crédito pode ser responsável por inúmeros benefícios. Aqui no Itaú, por exemplo, suas compras no cartão acumulam pontos que podem ser trocados por cashback, descontos e até mesmo viagens. Por isso, seja qual for o seu objetivo, o segredo está na consciência e na responsabilidade de como utilizar esse serviço.

Leia também: Estratégias para sair da inadimplência

Quando pensamos em organizar o salário, é comum se atentar somente às despesas maiores, como mensalidades e contas a pagar. Entretanto, é necessário olhar para aqueles pequenos gastos do dia a dia, que juntos, pesam no fim do mês. Um café aqui, uma corrida por aplicativo ali, aquele docinho depois do almoço - sozinhos, esses valores podem parecer inofensivos, mas somados, podem representar uma quantia muito significativa que não está sendo bem aproveitada. Isso não significa que você precisa se livrar desses momentos, mas sim, monitorar a quantia gasta. Desse modo, você pode analisar costumes e adotar opções mais econômicas, tirando por exemplo, os streamings ou aplicativos que você não usa. Além disso, se você costuma pedir delivery 3 vezes na semana, que tal substituir pelo menos uma delas por uma comida feita em casa? Ou quem sabe determinar uma quantia mensal fixa para esses gastos, se mantendo sempre nesse limite.

Se você busca mais praticidade, planilhas, checklists ou aplicativos de finanças podem ser grandes aliados na hora de mapear os gastos e organizar seu salário. Hoje, existem diversas ferramentas que ajudam a acompanhar despesas, criar metas e manter o controle do orçamento, mesmo com uma rotina corrida. E se você recebe o salário pelo Itaú, pode usar o próprio aplicativo do banco para ter uma visão completa da sua vida financeira. Veja como ele pode te ajudar:

• Categorização automática dos gastos

No app, suas despesas podem ser organizadas por tipo (como alimentação, transporte, contas fixas etc.), ajudando a entender onde você mais gasta.

• Alertas de limite

O app envia notificações quando os gastos se aproximam de um valor pré-definido, evitando surpresas e ajudando a manter o planejamento em dia.

Com os Cofrinhos do Itaú, você pode separar seu dinheiro por objetivos — contas fixas, lazer ou reserva de emergência — de forma simples e prática, tudo dentro do app. Além disso, a partir de R$ 1,00, já é possível começar a guardar e ver seu dinheiro render 100% do CDI desde o primeiro dia útil, com toda a segurança do Itaú. Uma forma inteligente de organizar seu salário diretamente na sua conta.

Organizar o salário vai muito além de gerenciar despesas. Envolve, principalmente, estar preparado para lidar com imprevistos. Nesse sentido, ter uma reserva de emergência é de grande importância diante de situações como uma despesa médica fora do plano, o conserto inesperado de um eletrodoméstico ou até a necessidade de comprar um novo celular após um acidente. Com ela, você não passa por apertos e nem mesmo precisará recorrer a outras soluções como os empréstimos, conseguindo lidar com tranquilidade. Mas, quanto guardar na reserva? O ideal é ter em conta de 3 a 6 meses dos seus gastos fixos, garantindo o essencial em caso de desligamento, por exemplo. Ou, se você possui objetivos pessoais, como dar entrada em um apartamento, a regra é clara: quanto mais, melhor.

Em seu planejamento financeiro, defina uma quantia, mesmo que pequena, para ser poupada e vá ajustando aos poucos. Utilize ferramentas como a caixinha do Itaú para guardar esse dinheiro e busque não mexer no valor, exceto em situações de necessidade. Além disso, o hábito de pagar a si mesmo, como se essa reserva fosse uma conta, também pode contribuir para a criação desse fundo de emergência.

Separamos para você: Entenda como montar sua reserva de emergência com o Itaú

Viu só? Organizar o salário é um passo essencial para conquistar mais liberdade financeira. Ao entender sua renda, controlar os gastos e se preparar para imprevistos, você tem domínio real sobre seu dinheiro. E essa mudança não exige grandes sacrifícios, e sim pequenas escolhas conscientes e, é claro, a ajuda de um parceiro confiável.

No app do Itaú, você conta com recursos que te ajudam a acompanhar os gastos, criar metas, separar o dinheiro e até investir com segurança - tudo direto no celular.

Quer sair do vermelho e começar o mês com mais controle? Baixe o app do Itaú e aproveite todas as soluções para organizar seu salário do seu jeito.